José Manuel Krusse Fanha Vicente nasceu em Lisboa a 19 de Fevereiro de 1951 e tem três filhos. O seu pai era oficial do exército e a mãe professora de música. É licenciado em arquitectura e já foi professor do Ensino Secundário. Actualmente escreve contos infantis e poesia. José Fanha esteve na nossa escola e conversamos um bocadinho com ele.
1. Com que idade começou a escrever?
Comecei a escrever como qualquer criança aos 8 anos e comecei a publicar livros aos 19.
2. Que obra gostou mais de escrever?
Foi uma obra chamada “ A Porta” que parte de uma casa imaginária, sem paredes e que por isso permitiu jogar com o “sair” e o “entrar”.
Recomendo que o leiam.
3. Qual foi a sua primeira obra?
Foi um livro de poesia chamado “ Cantigas da Duvida e do Perguntar”. Só tenho um exemplar em casa porque entretanto a obra foi censurada pela PIDE e desapareceu do mercado. Faz 40 anos.
4. Como começou a sua paixão pela escrita?
A minha paixão pela escrita começou com a minha avó com quem convivi muito. Ela gostava muito de ler e falava várias línguas, lia romances policiais em francês. Ela tinha toda a colecção “Masque Noir”. Além desta personalidade extravagante da minha avó, o meu avô era capitão do exército. Escrevia poesia, fazia teatro amador e cantava ópera. Funcionava como um ídolo para mim e eu gostava de o imitar (menos a opera…). A minha avó dizia que eu era primo da Torre Eiffel.
5. Qual foi o ultimo livro editado?
Foi “Era uma vez a República” porque estamos no ano da comemoração do centenário da República Portuguesa. É um livro com umas ilustrações extraordinárias e com fotografias da época.
6. Em que se inspira para escrever?
Trabalho muito por encomenda mas com o objectivo de abordar alguns problemas sociais e atitudes que vou sentindo na sociedade portuguesa. Licenciei-me arquitectura e tal como nessa arte, a literatura deve criar obras que digam alguma coisa aos seus “habitantes”; é uma espécie de resposta às necessidades das pessoas.
7. Porque é que escolheu literatura infantil?
O meu primeiro filho tinha asma e tinha muita dificuldade em adormecer. Foi aí que comecei a inventar histórias para lhe contar e a passá-las para o papel. Mais uma vez a escrita apareceu como resposta a uma necessidade. Mais tarde chegaram duas meninas para as quais também escrevi histórias; estou-me a lembrar da “Princesa dos Pêlos de Ouro” para resolver o problema que uma delas tinha por ter pêlos nos braços.
Obrigada José Fanha!
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